sexta-feira, 21 de maio de 2010

Audio(u)visual: Your woman (White Town)

Essa é bem mais antiga do que a que eu postei por último. Outra banda do Reino Unido. "White Town" é trabalho de um homem só! O que quero dizer com isto é que a banda é composta por apenas um integrante, o indiano Mishra que ainda muito jovem mudou-se para ares ingleses. A influência também é o techno-pop (estão percebendo que eu tenho uma  caidinha pelo estilo) e a música mais conhecida é "Your Woman" de 1997, que pouco deve ser conhecida aqui no Brasil. A letra da música é curiossísima e fala da paixonite de alguém. Tanto mistério gerou várias especulações a respeito da letra. Li em outro blog que um internauta fez a seguinte pergunta, respondida pelo próprio autor da música.

Eu amo Your Woman *mas* do que se trata? Vocês são HOMENS, MULHERES ou TRANSEXUAIS?

 A resposta foi de que a intenção era ser o mais pop possível, mas tava lendo muito Wilhelm Reich e Andrea Dworkin, e acabou saindo uma letra bizarra. Ele ainda lista algumas possibilidades sobre o que se trata a música:
- Ser membro de um movimento marxista / trotskysta ortodoxo
- Ser um heterossexual apaixonado por uma lésbica
- Ser um gay apaixonado por um heterossexual
- Ser uma mulher apaixonada por um marxista imbecil
- A hipocrisia que resulta da mistura entre amor e desejo com ideais políticos (ou algo assim)
Bom... a questão continua em aberto, mas não menos interessante! Para apreciar o vídeo abaixo:

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Audio(u)visual: Friendly Fires

 Esta é uma banda que já havia algum tempo que eu prometia postar aqui. Originária do Reino Unido, possui três integrantes que se conheceram nos tempos da escola, "tem cara" de som independente, influências de música techno e várias musiquinhas utilizadas em comerciais. A exemplo desta "skeleton boy", cuja a batida eletrônica inicial soará muito familiar a vocês! Mesmo falando sobre o término de uma relação a musiquinha não é em nada melodramática, pelo contrário, bem embalante e o clip é bem esquisitinho, mas é legal. Acho que era mesmo este efeito que eles queriam atingir. Uma das minhas músicas preferidas do momento, apesar de não ser tão nova!




sexta-feira, 14 de maio de 2010

Resenha: GLEE


     Quando vi as chamadas para esta "não tão nova" série, pensei: ARGHHHHHHH, deve ser uma mistura de "High school music" com "malhação". E não deixa de ser. Mas a grandecíssima diferença reside no roteiro, infinitamente melhor! (se é que aquela porcaria chamada Malhação tem roteiro! Quero que aquele programa vá pra PQP e queime no quinto dos infernos!!! Ohhh programinha ruim!) (Pensamento dentro de pensamento: pronto, falei! ahaha E o pior, ou melhor, no meu caso, é que tem anos que não assisto)
     Glee teve seu episódio piloto exibido nos USA em maio de 2009, mas a série só começou a passar regularmente em setembro do mesmo ano, no canal FOX. Em resumo: a série é divertidíssima, e não à toa já ganhou de cara o globo de ouro de melhor série comédia/musical. Tendo como pilar um grupo de coral formado por alunos "losers", os episódios são recheados de números musicais e de personagens peculiares, com destaque para o carismático professor de Espanhol e do coral, o Sr. Schue, a protagonista, Rachel, que se acha uma estrela, Brit, uma espécie de Phoebe dos Friends, totalmente sem noção (pena que ela pouco aparece na trama, mas sempre solta uma pérola. Impossível não gargalhar) e a impagável Sue Sylvester, com uma interpretação fora de série como a treinadora das líderes de torcida que tenta acabar com o coral a todo custo. Vale à pena acompanhar. Os episódios podem ser encontrados em vários sites para baixar ou assistir online de grátis. A série tem seus defeitos, como qq outro programa, como p.e. algumas inserções musicais sem sentido, desnecessárias, e algumas vezes os adolescentes são colocados como subversivos, mas as qualidades da série são muito maiores do que esses detalhes.

Alguns personagens:





Sue Sylvester - Vilã imprevisível da história. Alterna momentos de crueldade e de doçura. Atenção para as situações em que ela conversa com sua irmã portadora de síndrome de Down, quando ela insulta o Sr. Schue, quando aparece em alguma cena de música (geralmente antológicas) ou quando escreve em seu diário (muitoooo engraçado). De longe, para mim, é a personagem mais bem construída da série. Atenção para seu figurino "Adidas" forever! ahahah




Sr. Schue. Raramente tenho afeição por personagens muito bonzinhos, mas este é genuinamente interessante. Muito carismático e às vezes embaraçoso, mas de coração gigante. É o professor de espanhol da escola e coordenador do coral Glee. Canta, dança, boa pinta, gente boa e tem seu cabelo esculhambado corriqueiramente por Sue (momentos hilários).



Britney e Santana. Espiãs de Sue no coral Glee e fazem parte das Cherrios. Santana faz o papel da latina maliciosa e Britney é completamente sem noção (comédia total)



Kurt. É o gay da turma. É apaixonado por Finn. Tem todos os predicados requeridos por este estereótipo: sensível, fashion, vaidoso, etc..


Melhores episódios: Pilot (01), Showmance (02), Vitamin D (06), Wheels (09), The power of Madonna (15) e Bad reputation (17, esse pra mim é o melhor até agora)

Qualquer hora volto a falar da série! E podem perguntar se tiverem dúvidas (estou virando quase que um especialista) ahahahahah ou simplesmente comentar!

domingo, 9 de maio de 2010

Audiouvisual: Musiquinhas ordinárias em momentos inusitados que não saem da cabeça

Pelo título da postagem, nada mais a declarar! rsrsrs E quem tiver mais indicações dá um grito aí!



 














sábado, 8 de maio de 2010

Resenha: Educação

     "Educação" (An education-2009/UK) é um daqueles filmes dos quais você tem que tomar muito cuidado quando alguém pergunta algo sobre seu conteúdo. Isto porque você tem que fazer um esforço sobrenatural para não citar fatos reveladores, e desse modo fazer com que ele não perca um pouco de sua graça. Mas ele não é um suspense, e muito menos gira em torno desses "pequenos" detalhes. E que isto fique bem claro! Curiosamente, antes de escrever aqui, li algumas críticas só para contastar se as pessoas escreveram algo mais revelador sobre o filme, e a resposta foi "não", algo sensato. A direção é de uma mulher, Lone Scherfig, seguidora do movimento "dogma 95" (quem não viu, faça-me o favor de ir atrás, porque é uma referência importantíssima no mundo do cinema atual), em que as situações mais reais e naturais são utilizadas, na contramão de um cinema comercial cada vez mais explorado por tecnologias ousadas,como p.e. o 3D. A trama foi bem pesquisada, remetando a uma Inglaterra dos anos 60 (sem qualquer referência aos Beatles, mas aí depois eu pesquisei e vi que ele se passa antes dos surgimento do grupo), em que o futuro e felicidade femininas estavam vinculados a um matrimônio de sucesso. Frente a esta constatação, a protagonista Jenny Carey (Carey Mulligan), no último ano colegial e prestes a completar seus 17 anos, como bela e inteligente que é, questiona-se: se seu fututo está condicionado a um casamento vindouro por que então estudar chatices obrigatórias, só para entrar na universidade? Mas o fato é que esta situação somente vem à tona quando ela conhece David (Peter Sarsgaard), que a seduz com gentilezas e com um mundo inimaginável para uma colegial, até então presa ao subúrbio londrino. Queria contar um pouco mais, mas não posso transformar isto em um spoiler, então paro por aqui. Vale prestar atenção em especial a uma passagem no final do filme, em que o pai da garota tenta conversar com ela trancada em seu quarto: a protagonista não emite uma única palavra, e nem é preciso... a verdade às vezes é melhor expressa quando sentida, em silêncio, do que quando soltamos uma tonelada de letras. Cada um sabe de sua verdade e não há como fugir disto.

Sinopse: Garota londrina almeja entrar para a universidade de Oxford, principalmente para satisfazer o desejo de seu pai. Conhece um homem mais velho, que a seduz para um mundo cheio de novas possibilidades. O que escolher? Uma educação pela escola tradicional ou pela escola da vida? Filme indicado a 3 Oscar: melhor filme, atriz e roteiro adaptado.

Curiosidade: Pelo que li, parece que o filme foi baseado em um livro de memórias, portanto de fatos reais.

Nota 7. Filme leve. Para assitir sem qualquer cobrança.

Quem assistiu e teve um outro olhar, dá um grito aqui embaixo!