quarta-feira, 30 de junho de 2010

Audio(u)visual: Madcon

  Mais um som diferente vindo desse mundo de meu Deus. Madcon (abreviação de Mad Conspiracy) é um grupo de hip-hop pop norueguês ao melhor estilo Kung-fung anos 70 (vc deve estar se perguntando: que porra é isso?). E você também vai pensar logo: é formado por loirões nórdicos! (na verdade é constituído por dois negros). O vídeo que trago (Beggin) é bem produzido e certamente a canção soará familiar a vcs. Parece que o vídeo ainda faz referência a 007 e Quentin Tarantino, porém sem sua violência habitual (note se não há vagas lembranças de Kill Bill, Jackie Brown e Pulp fiction aqui, ou será que viajei na maionese?). Canções cheias de energia que remetem a era disco, o que parece improvável para o estilo hip-hop. Bom ...só escutando mesmo pra entender.



obs: há uma outra canção do grupo chamada Liar que curiosamente em seu início faz referência a "Beggin".



segunda-feira, 28 de junho de 2010

Audio(u)visual: Noisettes

   

 É sério. Não saí procurando, mas essa banda inglesa me achou também! Noisettes é outra banda indie rock que concentra suas atenções na cantora Shingai Shoniwa. O grupo possui dois álbuns. Novamente aqui os integrantes do grupo se conheceram quando frequentaram a escola. Parce que é pré-requisito para montar boas bandas inglesas independentes :) O som tem uma energia contagiante e ao mesmo tempo uma pitada nostálgica que tanto sinto presente no som inglês. Trago para vocês essa canção revigorante que também entitula o último álbum lançado ano passado: Wild young hearts. Eles tocam com uma despreocupação de estilo e com uma ousadia nos acordes difícil de encontrar atualmente. Quem pode dominar estes jovens corações selvagens?


domingo, 27 de junho de 2010

Resenha: Castigo e maratona cinematográfica!

    Pois é meu povo, retirar os sisos não era coisa tão simples como eu previa e não foi tão complicado (por enquanto) em comparação aos relatos que andei vasculhando pela net. Realmente o pós-operatório é algo que deve ser seguido com precisão para que a recuperação seja a mais confortável possível. Imagina então quando se retira logo 4 de uma vez só e um cisto (ocasionado pelo siso inferior direito). Se alimentar só de líquidos, redobrar os cuidados com a higiene oral, não falar muito (até pq não há a mínima condição mesmo, não dá nem pra abrir a boca direito, inchaço no rosto e na região do pescoço, além da sensação latejante de que os pontos vão romper se a gente falar mais do que deve), não fazer esforço, repouso total nas primeiras 48 hs, gelo e mais gelo, atenção com a medicação prescrista e blá blá blá... Mas cada caso é um caso e tudo vai depender de como seus dentes estão dispostos na arcada dentária. O retorno para as atividades cotidianas e o tempo de recuperação são muito varíaveis. Por isso é de suma importância a retirada de uma radiografia panorâmica para se ter noção da localização dos "traquinos".
    Isso tudo me levou a um castigo de realizar uma jornada cinematográfica junina, devido a todas as limitações impostas pelo pós-operatório.  Ou seja, o que seria de mim sem minha mãe (isso é muito importante!!!! Tem q contar com alguém q fique a sua disposição para fazer as coisas principalmente nessas primeiras 48 hs), sem a copa do mundo e os dvds para passar essas horas o mais rápido possível?
     Como vi bastante filme em pouco intervalo de tempo não vou fazer uma resenha detalhada, mas somente expor minhas impressões superficiais e dar uma nota. Atenção aqui para este fator pq de agora em diante adotarei outros critérios na atribuição das notas. Será quase como um critério de um jurado de escola de samba e as notas serão o conjunto das impressões desses cinco elementos: elenco (interpretação), roteiro (qualidade, coesão, coerência e originalidade), direção, aspectos técnicos de ritmo (trilha, montagem) e aspectos técnicos plásticos (figurino, direção de arte, efeitos e fotografia). Tudo isso na medida do possível, quando se aplicar. Assim, penso eu, será um critério mais justo (me dei conta disso quando atribuí a mesma nota a "ilha do medo" e "o cubo" e nem acho q estão no mesmo nível)

    Começando...



Lula - O filho do Brasil  (Brasil/2009)
Não sei porque mas este filme me cheirou muito eleitoreiro. Por que será? Fica a impressão de que está mais para uma daquelas minisséries que depois de enxugadas viram filmes. Peca em vários aspectos desde a interpretação do protagonista, passando por um roteiro mal-costurado e pela falta de comprometimento com a parte técnica. Quer ver? Azar o seu!  Fala sobre a biografia do nosso atual presidente até a sua entrada para a vida sindical. Nota: 4,3



Coco antes de Chanel (Coco avant Chanel França/2009)
Aqui nos deparamos com parte de outra biografia, desta vez a da famosa estilista francesa Coco Chanel. Sempre acho que a Audrey Tautou pode dar mais de si. O filme tem um ritmo um pouco arrastado, mas possui boa qualidade técnica e roteiro mediano. Nota: 6,7



Julie & Julia (USA/2009)
Meryl Streep é Meryl Streep. É impressionante a capacidade desta atriz de se transformar e se entregar ao personagem que interpreta. O filme tem um ritmo agradável e é uma delícia para os fãs de blogs e de culinária, como eu.  O elenco de maneira geral está bem e é bastante interessante a interconexão entre as duas estórias paralelas e ao mesmo tempo convergentes. Nota: 7,1



Quase deuses (Something the lord made 2004/USA)
Me pareceu mais para uma minissérie bem feitinha, mas nada além disso. Conta a história da cirurgia cardíaca e seu envolvimento com dois profissionais de saúde em um EUA ainda racista.
Não dá para comparar com os mesmos critérios filmes que vão para as telas do cinema e os que são feitos para a tv como é o caso deste aqui.  Isto porque fica evidente a extrema limitação dessas películas. Por isso não há nota e sim somente uma avalição. (Regular/bom)


Vício frenético : (Bad Lieutenant: Port of Call New Orleans 2009/USA)
Misture "dia de treinamento" e "transporting" num liquidificador e alguma coisa muita parecida e ao mesmo tempo completamente diferente resultará no shake "vício frenético". Não sou fã de Nicolas Cage, mas aqui ele está até bem. O filme pode até ser meio frenético mas não me viciou. Em resumo retrata as maneiras nada ortodoxas de um policial viciado e sua rotina investigativa.   Nota: 6,5


Marcelino Pão e vinho (Marcelino Pan Y Vino.  Espanha/Itália/1955)
Não sou fã de filmes que sejam estritamente religiosos. Acho que nem é o caso desse aqui. Mesmo sendo premiado no festival de Cannes e Berlim ainda considero um filme pequeno mas sua força ecumênica levou multidões ao cinema. É um filme puro, mas não se adequa aos padrões de análise que adotei e talvez por isso não valha a pena atribuir nota aqui. (Regular/Bom)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Audio(u)visual: Always like this

     Estou começando a notar minha fixação por bandas inglesas. E o mais engraçado disso tudo é que eu não saio procurando por elas. O meu critério de seleção é o mais comum e simples possível. Escuto na rádio (geralmente na Oi fm via net) anoto o nome da música e da banda e depois faço download em programas de compartilhamento. Só depois, navegando, é que investigo sobre a banda. Já foram citadas aqui por mim White town e Friendly fires.
   Trago novamente para vocês uma banda formada por colegas de escola. Percebam que são quase adolescentes, mas o som e a voz são de adultos. Bombay bicycle club é uma banda indie rock formada por quatro amigos que surgiu em 2006 em Londres, mas o primeiro álbum só foi lançado em 2009. A canção Always like this é sonoramente maravilhosa e a voz do cara me parece muito boa, com um refrão que é qualquer coisa como se evocasse o passado (tá certo, posso ter viajado na maionese, mas é exatamente essa sensação que me passa). Fico impressionado com estes guris conseguem fazer um som tão decente. Em compensação aqui na Bahia o negócio está cada vez mais decadente, e não digo quanto ao som (porque esse será o mesmo "monotoque" de sempre) mas sim às letras absurdamente ridículas de axé e pagode! Tô indignado!!!!
    Para melhorar a qualidade acústica de nossas vidas e não cair na mesmice, vai aí o som!


terça-feira, 15 de junho de 2010

Resenha: Ilha do medo

   Toda vez que Martin Scorcese lança um novo filme no circuito, os fãs da 7° arte entram em frisson. Devo confessar que o seu último título não me comoveu tanto. Não quero dizer com isto que o filme não é bom. Passa longe de ser ruim. Ilha do medo (Shutter island / USA-2010) não me surpreendeu porque me soou muito familiar, parecendo um mosaico de obras já consagradas com mesclas de filmes de suspense classe B. Quer saber quais são eles? Aí vão: O iluminado, Cidade dos sonhos, A estranha perfeita, Identidade, Os outros e Os suspeitos. Por isso nenhuma novidade.  Em outros aspectos a produção beira a perfeição. A trilha é sombria, a fotografia é impecável, adequada ao enredo e a montagem é bem apropriada, com boas tomadas e angulações. O elenco também é bastante competente com coadjuvantes de luxo que ditam o ritmo da trama (Ben Kingsley, Patricia Clarkson, Mark Rufallo, Jack Earle Haley) e Leonardo di Caprio não destoa na sincronia com os demais. A direção de Scorcese é segura, não deixando o complexo roteiro se tornar escorregadio. Todos esses elementos combinados não transformariam então o filme em uma pequena obra-prima? Acho que faltou um quesito fundamental para que a película alcançasse tal feito: originalidade. Existem filmes de prestígio que fazem uso de várias referências cinematográficas (o próprio Cidade dos sonhos). Mas a diferença fundamental reside aí: eles, no final das contas,  tornam-se a própria referência. O que não é o caso de "Ilha do medo". Será que estou sendo coerente com este julgamento ou criei uma visão paralela e distorci tudo? (Ops... será que falei demais? extrapolei? rsrs) Só assistindo para tirarem suas próprias conclusões.

Resumão: Para tentar solucionar o desaparecimento de uma paciente, investigador chega a uma ilha fortemente sitiada onde criminosos com problemas mentais ficam resguardados. No decorrer da investigação, as dúvidas quanto aos métodos aplicados no tratamento dos pacientes bem como o clima sombrio que paira sobre a ilha leva o investigador a constantes desconfianças sobre possíveis conspirações.

Nota 8. Para assistir em sábados entediantes.

sábado, 12 de junho de 2010

Audio(u)visual: Roberta Sá e o meu delírio botânico

    

Acabei de ler esta tira na "Veja São Paulo" e quase tive um troço :

ROBERTA SÁ. Nascida no Rio Grande do Norte e criada no Rio de Janeiro, a cantora de 29 anos, volta pintar (sic) nos palcos da cidade. Pra se ter alegria, trabalho gravado ao vivo em CD e DVD, mistura faixas dos seus dois discos de estúdio: Braseiro (2005) e Que belo estranho dia pra se ter alegria (2007). A moça dá vida a canções como Interessa?, Janeiros e Eu sambo mesmo. Um quinteto fornece o acompanhamento"

   Isso porque ela fez apresentação em sampa um dia depois que eu retornei para Salvador. Se eu soubesse adiaria. E o preço foi bem barato para os padrões paulistanos. R$ 20,00. :(

Curto bastante o som dela e acho que merece destaque aqui no blog. Trago para vcs uma música (cujo compositor é do recôncavo baiano) que me despertou um delírio botânico, simplesmente porque há 15 nomes de plantas/frutas mencionadas na canção. A título de curiosidade e para eu exercitar meu lado botânico vou listar as famílias de plantas "implicitamente citadas" em Laranjeira.


Laranjeira (Rutaceae); cajá, cajarana, caju e manga (Anacardiaceae); caqui (Ebenaceae); papaia (Caricaceae); pitanga, araçá (Myrtaceae); pitomba (Sapindaceae); pequi (caryocaraceae); maracujá (Passifloraceae); melão (Curcubitaceae); murici (Malpighiaceae) e açaí (Palmae)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Audio(u)visual: Fino Coletivo

Olha aí mais um som legal. Esse Brasil é mesmo rico musicalmente... pena que o povo é que é pobre de ouvidos!

Uma união inusitada entre Alagoas e Rio de Janeiro é a trama de sete músicos

A história da banda começou em meados de 2005, após encontro dos alagoanos Wado e Alvinho Cabral, do projeto "Wado e Realismo Fantástico", com o compositor carioca Marcelo Frota, o Momo.
Passada uma fase de troca de experiências entre a dupla nordestina e o músico carioca, surgiu então a idéia do trio juntar suas turmas. Wado e Cabral apresentaram ao grupo Adriano Siri, da banda Santo Samba. Marcelo levou o também carioca Alvinho Lancellotti, compositor e parceiro de longa data.
Estava formado o quinteto, num caso de afinidade à primeira vista. As composições surgiram com naturalidade, até o despertar de uma nova empreitada.
Com um repertório inédito e inovador nas mãos, era preciso convocar mais dois amigos: o baixista Daniel Medeiros, também responsável pelas programações, e o baterista Marcus Coruja.

Extraído de: http://tramavirtual.uol.com.br/artistas/fino_coletivo

domingo, 6 de junho de 2010

Menção Honrosa: Mundo canibal



     Às vezes o fato de ser oportunista pode gerar más interpretações. Uma pessoa tachada como tal, pode erroneamente ter seu nome associado ao mau-caratismo e a índole duvidosa. Mas como negar a importância do oportunismo nas grandes empreitadas e na busca da realização pessoal e profissional? É o que chamamos, em outro linguajar, de "ele aproveitou a sorte, agarrou a chance". Ou seja, não há mal nenhum em ser oportunista, desde que ninguém saia prejudicado!



     Com muito talento e senso de oportunismo o "mundo canibal", site brasileiro de quadrinhos com foco no humor negro e escrachado, soube muito bem aprovieitar os benefícios advindos de um mundo conectado em cliques e expresso por meio de caracteres e fez da internet sua referência. Com o intuito único e exclusivo de entreter, o grupo surgiu em uma época na qual o humor na televisão começava a mostrar fôlego asmático (lá pelo início e meio dos anos 2000), com poucos programas realmente interessantes como "os normais" e "a diarista".
   Quem nunca caiu na gargalhada com as estorinhas escrachadamente criadas? "Avaiana de pau", "bonequicha", "fada do denti podi", dentre outros, permearam momentos de riso em rodas de amigos ao recordarem os bordões que já viraram clássico (ahhhhhhh moleque!!!!)
    Agora eles retornam com uma nova linha, a chamada "youtoba", na qual eles aproveitam a gravação original de vídeos do youtube, só que o grande diferencial é composto pela narrativa debochada que é  fundamental para que o humor funcione como só eles sabem fazer... e só funciona para aqueles que curtem boas doses de humor negro. Agora com vocês a série "partoba". Aprecie sem moderação! ahahahah












sábado, 5 de junho de 2010

Resenha: Trilogia "O cubo"

     Em ordem cronológica de produção: "O cubo", "Cubo 2: Hipercubo" e "Cubo zero"

                    


     Sempre escutei sobre esses filmes, mas realmente nunca tive a menor curiosidade de assistí-los. Talvez seja porque as pessoas as quais eu conhecia e que se referiram a eles eram, na maioria das vezes, esquisitas ou muito chatas. Na verdade era puro preconceito mesmo. A trilogia, para mim, funciona como se fosse uma parábola cuja concavidade está voltada para cima. Em outras palavras, o primeiro filme é realmente bom, o segundo é péssimo e o terceiro volta a ser "mediano". O que mais chama atenção nesses filmes é o conjunto de referências que se disseminou pelo mundo do cinema de horror e da própria tv. Tais conceitos podem ser extraídos do próprio "big brother" (que na verdade é inspirado na obra 1984) e de filmes posteriores a ele, tais como "resident evil" e "jogos mortais".
     Em resumo, a trilogia se refere a um mosaico de Sci-fi, suspense e horror, onde desconhecidos se encontram em salas semelhantes a cubos, e "teoricamente" devem transitar de uma para outra na tentativa de sair do lugar. O detalhe é que algumas salas estão repletas das mais variadas armadilhas mortais.
   Talvez o status cult que alguns atribuem aos filmes resida em alguns questionamentos ora explícitos, ora subliminares e que podem perfeitamente ser extrapolados para a vida fora da tela. Perguntas tais como "o que é o cubo?", "Por que fui escolhido para estar aqui?" e "Há uma saída?" não passam de questões existencialistas camufladas. Em bom português seriam as habituais "quem somos?" "por que estamos aqui?" e "para onde vamos?". Além disso o filme expõe a natureza perversa humana que podemos desenvolver em momentos de stress e confinamento. Outro tópico para se debater é "quão influente em nossas vidas o governo pode ser?"
     Realmente o primeiro filme da série é muito bom. O segundo é de uma maluquice sem tamanho e talvez seja um deleite para físicos e matemáticos, mas sinceramente tenho que avaliar sob a minha ótica e o que esta veememente afirma é que o diretor perdeu a mão aí, principalmente com os efeitos especiais (que eu nem acho que funcionam) e o resultado final é que o filme se perdeu em alguma galáxia longínqua. O terceiro retoma um pouco os princípios originais (principalmente com as cenas de horror das armadilhas), mas peca ao tentar explicar detalhes mínimos do filme original e é justamente isso que arruína o que poderia ser definitivamente bom.
Notas respectivas: 8, 3 e 5
Assista o primeiro com gosto e os demais somente se tiver curiosidade (como eu tive), mas se não assistir economizará tempo.